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O crescimento não é natural: o que o Nobel de Economia 2025 ensina sobre inovação e mudança

  • Foto do escritor: Hélio Salomão Cordoeira
    Hélio Salomão Cordoeira
  • há 3 dias
  • 4 min de leitura

A nova série da Althea: o que o futuro da inovação nos ensina


Broto verde emergindo do solo fértil, representando o crescimento, a destruição criativa e a renovação — metáfora do Nobel de Economia 2025.

Nos próximos dias, a Althea vai explorar um tema que ultrapassa os limites da economia: a coragem de inovar em tempos de ruptura.O Prêmio Nobel de Economia de 2025, concedido a Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt, não é apenas um reconhecimento acadêmico. É um manifesto sobre o que sustenta o progresso — e sobre o preço emocional e institucional de inovar.

Nossa série “O Nobel da Inovação” vai investigar como as descobertas desses pesquisadores podem ser traduzidas para o universo da gestão, cultura organizacional e saúde mental corporativa. Vamos falar de mudança, risco, vulnerabilidade e reinvenção.

Acompanhe as próximas postagens aqui no blog da Althea, e também no LinkedIn e Instagram, para entender como o futuro da economia e o futuro do trabalho estão se tornando a mesma conversa.


O evento e o prêmio: a consagração da Destruição Criativa


Em outubro de 2025, o Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel reconheceu três economistas por decifrarem o motor mais instável — e mais poderoso — do crescimento moderno: a Destruição Criativa.

Inspirados por Joseph Schumpeter, os laureados demonstraram que crescimento sustentável é um processo turbulento: velhas estruturas são substituídas por novas, e esse ciclo de destruição é o que mantém viva a engrenagem da inovação.A mensagem é simples e brutal: não existe progresso sem perda, e o papel de governos e empresas não é proteger o que está morrendo, mas cultivar o que está nascendo.

O modelo de Aghion e Howitt quantificou esse fenômeno — mostrando que o progresso tecnológico e o investimento em P&D são o que de fato impulsionam o desenvolvimento. Já Mokyr revelou que o crescimento só se torna duradouro quando há cultura, educação e instituições abertas à mudança.


O significado por trás do prêmio: crescer é aprender a destruir


O Nobel de 2025 traz uma lição desconfortável: crescer é romper.Toda inovação é, antes de tudo, um ato de destruição — de ideias antigas, de processos que já não funcionam, de certezas que envelheceram.O progresso não é natural; ele precisa ser sustentado por coragem, por gestão inteligente do conflito e pela aceitação de que a estabilidade é o maior inimigo da criatividade.

A Destruição Criativa é, na prática, o que as empresas vivem quando se reinventam. O mesmo vale para as pessoas: o medo de mudar é o equivalente psicológico do protecionismo econômico.Na economia e na mente, a resistência à mudança gera estagnação.


4. Errar para crescer: o motor invisível da inovação


Profissional sorrindo enquanto segura um protótipo em um estúdio de design, com desenhos e modelos no fundo — símbolo do processo de inovação e aprendizado pelo erro.”

Se o crescimento é destrutivo, o erro é seu combustível.Inovar é, inevitavelmente, errar — e aprender rápido o suficiente para tentar de novo antes que o mundo mude outra vez.

Empresas que não erram, não inovam. Pessoas que não erram, não crescem.O erro não é o oposto do acerto: é o ensaio geral do futuro.

O próprio conceito de Destruição Criativa se sustenta sobre isso: não existe criação sem tentativa, e não existe tentativa sem falha.Cada ruptura tecnológica nasce de uma sucessão de erros — experimentos frustrados, hipóteses refutadas, versões descartadas.

Do ponto de vista emocional, inovar exige segurança psicológica: o espaço para experimentar sem medo de punição.Uma cultura organizacional verdadeiramente inovadora é aquela onde errar é permitido, e onde o erro é tratado como dado, não como culpa.

“Inovar é permitir-se errar — e transformar o erro em inteligência coletiva.”

O futuro do trabalho: destruir é um verbo humano


Se o crescimento econômico depende da destruição criativa, o futuro do trabalho depende da destruição emocionalmente consciente.

Organizações saudáveis são aquelas que têm coragem de desmontar hábitos, modelos e crenças obsoletas.Líderes maduros não têm medo de admitir: nós erramos, e é por isso que aprendemos.É nesse ato de humildade — e não no controle — que floresce a verdadeira inovação.

As empresas que vão sobreviver à próxima década não serão as que mais automatizarem processos, mas as que mais humanizarem suas decisões.E isso exige mais do que tecnologia: exige consciência.


Provocação: o que a sua empresa está protegendo hoje que já deveria ter sido destruído?O que você — enquanto líder, gestor ou indivíduo — precisa desaprender para poder criar de novo?

A destruição criativa é um processo econômico, mas também é um processo emocional.A Althea acredita que inovar é um ato de coragem afetiva — o encontro entre vulnerabilidade, propósito e transformação.


Conclusão: o início de uma jornada de aprendizado


Esta é a primeira publicação da série “O Nobel da Inovação”, em que a Althea analisa como as ideias premiadas em 2025 podem inspirar novas formas de pensar o crescimento, o trabalho e a cultura.


Nos próximos capítulos, vamos mergulhar:

  • No modelo de crescimento Aghion-Howitt, que conecta P&D, mercado e política pública.

  • Nas bases culturais e institucionais estudadas por Joel Mokyr.

  • E nas implicações práticas para empresas, governos e líderes que desejam inovar de forma sustentável e humana.


Acompanhe o blog da Althea, o LinkedIn e o Instagram para continuar essa jornada conosco — onde economia, emoção e inovação se encontram.

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