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Remuneração de Executivos e Metas Sustentáveis: Uma Aliança Crescente no Mundo Corporativo

  • Foto do escritor: Hélio Salomão Cordoeira
    Hélio Salomão Cordoeira
  • 22 de jun.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 11 de jul.


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A integração de metas de sustentabilidade à remuneração de executivos tem se consolidado como uma tendência global, redefinindo a forma como as empresas incentivam seus líderes e demonstram compromisso com o futuro. Um estudo recente da KPMG revela que 78% das companhias pesquisadas em 15 países já atrelam o salário de seus executivos a objetivos de sustentabilidade, frequentemente ligados a questões climáticas e de força de trabalho.


Essa prática, que vai além do discurso, é um indicativo claro da seriedade com que as organizações encaram a agenda ESG (Environmental, Social, and Governance). No Brasil, grandes nomes como Natura, Klabin, Volkswagen, Ambev, Grupo Boticário e Vivo já incorporam metas ESG na remuneração de suas lideranças, abrangendo temas como diversidade, economia circular e redução de carbono. A Forbes Brasil destaca que metas como diversidade na equipe e redução de emissões são cada vez mais influentes no bônus de executivos.


Por que Vincular?


A vinculação da remuneração executiva a metas ESG surge de uma confluência de fatores estratégicos e pressões de mercado:


  • Pressão de Investidores: Acionistas e investidores estão cada vez mais atentos às práticas de sustentabilidade, vendo-as como um indicador de resiliência e valor a longo prazo. Empresas alinhadas a metas sociais e ambientais são percebidas como mais preparadas para o futuro.

  • Gestão de Riscos e Oportunidades: Atrelar a remuneração a esses indicadores ajuda na mitigação de riscos (como mudanças climáticas e falta de diversidade) e na criação de novas oportunidades de negócios.

  • Engajamento Genuíno: Ao impactar diretamente o bônus e a participação nos lucros, as metas de sustentabilidade deixam de ser apenas um "check-box" e se tornam um imperativo para a alta liderança, acelerando a transformação sustentável da companhia.

  • Atração e Retenção de Talentos: Empresas com forte compromisso ESG e que refletem isso em sua estrutura de remuneração tornam-se mais atraentes para executivos engajados.

  • Melhora da Reputação e Credibilidade: A transparência na divulgação dessas práticas e a confiabilidade dos dados reforçam a imagem da empresa junto ao mercado e à sociedade.


Desafios e Próximos Passos

Apesar dos benefícios, a implementação dessa estratégia não é isenta de desafios. A KPMG aponta a importância de alinhar os indicadores de sustentabilidade com a estratégia geral da empresa e garantir a confiabilidade e transparência dos dados. É crucial que as métricas sejam claras, mensuráveis e relevantes para o negócio, evitando a percepção de que são facilmente alcançáveis ou que servem apenas para "inflar" retornos.

Outro ponto de debate, conforme a Capital Aberto, é a dificuldade em definir critérios de forma que não pareçam apenas incentivar comportamentos que já deveriam ser padrões. Além disso, o peso percentual das metas ESG na remuneração variável ainda é um ponto de discussão; a Brasilagro ressalta que um baixo percentual pode não gerar o impacto desejado.


No entanto, a tendência é irreversível. A remuneração guiada por métricas ESG é uma tendência crescente, especialmente em setores como o financeiro, com bancos globais já na vanguarda dessa prática, como destacado pela INFRAFM. A medida que as empresas amadurecem em sua jornada ESG, a vinculação da remuneração executiva se consolida como uma ferramenta poderosa para impulsionar a inovação, o crescimento e um posicionamento de mercado mais sustentável a longo prazo.


Para mais informações sobre o tema, você pode consultar:


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